terça-feira, 7 de agosto de 2012

Volta a Monte Santo

Monte Santo é só encanto. Da Serra fica no pé; cidade vizinha a Guaxupé. É graciosa tanto em gente quanto no amor que se sente. Povo simples, moças de beleza plena, quermesse na praça, fofoca de cidade pequena... É cheia dessas coisas comuns de cidade que já foi quintal de coronel, de quem já tomou muito fel. Porém, a deslumbrante Monte Santo, embora rica de encanto, não é um rico recanto. Por isso os filhos mais jovens, como eu, tendem a deixar a casa de amor abundante e desbravar terra distante. Mas... quem sabe um dia, que não muito tardia, àquele manto há de regressar quem de lá saiu em pranto. Mas garanto: o nome da bela terra, Monte Santo, esse eu agiganto!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Dedicatória


Esta obra é dedicada às coisas: àquelas ínfimas e minúsculas das quais são feitos os mundos, as estrelas, as galáxias e os universos; àquelas imensas e colossais que moldam a beleza, consomem a morte, alimentam os sonhos, fertilizam as ideias e iluminam o amor; às coisas que são e às que não são; às que sentem e às que doem; às que sorriem e às que queimam; às que choram e às divinas; às que deliram e às que dormem; às terrenas e às de Vênus. . . às que existem e às que nunca existiram.  (Lauro César Araujo)